terça-feira, 28 de maio de 2013

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914-1918)



A disputa imperialista e algumas questões nacionalistas foram responsáveis pela Primeira Guerra Mundial, um confronto de grandes proporções que envolveu muitos países, canalizou durante quatro anos grande parte dos recursos mundiais para a produção bélica e, principalmente, causou a morte de milhões de pessoas.
  Na virada do século XIX para o século XX, um conjunto de conflitos de caráter imperialista ou nacionalista evidenciava o alto risco de um confronto de amplas proporções. Os interesses em conflito às vésperas da Primeira Guerra Mundial eram os seguintes:
·          A Inglaterra e a Alemanha disputavam diretamente a hegemonia econômica e política sobre o mundo.
·         Na Península Balcânica estava em curso, desde o século XVII, um conflito entre Rússia e o Império Turco (ou Otomano). No início do século XX, os problemas na região se intensificaram e deram às duas Guerras Balcânicas (1912 e 1913), envolvendo Montenegro, Sérvia, Bulgária, Croácia, Turquia, Grécia e Romênia. A dificuldade em solucionar a questão balcânica foi um dos fatores de eclosão da guerra de 1914.
·         Os poloneses, irlandeses e finlandeses lutavam pelo direito de se autogovernarem.
·         A França queria retomar as regiões da Alsácia.
  Os antagonismos levaram à criação de um sistema de alianças e à formação de grupos de países que assumiam o compromisso de ajuda mútua, em caso de agressão.
  Os dois grupos e seus principais membros eram:
·         Tríplice Aliança (potências centrais). Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália (em 1915, a Itália mudou para o outro grupo):
·         Tríplice Entente (países aliados). Inglaterra, França e Rússia.
  Nesse contexto crítico, em 28 de junho de 1914, o assassinato do arqueduque austro-húngaro, Francisco Ferdinando, por um militante bósnio que lutava pela autonomia de sua província, serviu de pretexto para o início da guerra.
  Os dois blocos – Tríplice Aliança e Tríplice Entente – entraram em combate, e a Alemanha ficou geograficamente presa entre dois inimigos: a frança e a Rússia. Para evitar o ataque pelos dois flancos, o kaiser Guilherme II usou todo seu poder militar para atacar a França, na expectativa de eliminar um dos seus oponentes. No início, o plano deu certo e os alemães conseguiram chegar a uma área de 30 km de Paris; nesse ponto, porém, encontraram forte resistência das tropas francesas e inglesas.
 Durante o ano de 1914, a luta havia caracterizado como guerra de movimento, ou seja, as tropas germânicas avançavam e as francesas recuavam. A resistência dos aliados deu início a uma outra forma de luta, chamada de guerra de trincheiras: os soldados construíam redes de trincheiras (escavações a céu aberto), onde ficavam aquartelados, frente a frente, a espera de um melhor momento para atacar. Era uma luta pela manutenção da posição já conquistada e, muitas vezes, para avançar apenas alguns quilômetros.
  Em 1917, ocorreu a revolução bolchevique na Rússia. Os governantes propuseram paz aos alemães. No dia 15 de dezembro de 1917, os russos assinaram um armistício com o governo alemão e se retiraram do conflito.
 O FIM DA GUERRA E O TRATADO DE VERSALHES
  Em 1917, havia um certo impasse no desenrolar da guerra, provocado pelo equilíbrio de forças entre os dois grupos em combate. Em fevereiro, na tentativa de tirar a Inglaterra da Luta, os submarinos alemães passaram a atacar todos os navios que se aproximavam daquele país. Nessa campanha acabaram afundando navios norte-americanos que se dirigiam a Grã- Bretanha. Entendendo que seus direitos estavam sendo desrespeitados, os estados Unidos declararam guerra à Alemanha em abril 1917. A chegada das tropas norte-americanas à Europa só aconteceu no mês de dezembro daquele ano, quando os demais países envolvidos na guerra já estavam esgotados. A participação do exército dos Estados Unidos rompeu o equilíbrio de forças a favor da Tríplice Entente, e os alemães e seus aliados já não tinham meios de se reorganizarem. Em novembro de 1918 foi assinado o armistício no qual a Alemanha e seus aliados reconheciam a derrota.
 O Tratado de Versalhes, documento que determinou as condições da paz, foi assinado em 1919.
  O tratado considerou a Alemanha culpada pela guerra e impôs àquele país o pagamento de pesadas indenizações pelos prejuízos causados: determinou a devolução dos territórios da Alsácia e da Lorena à França e a criação do corredor polonês uma faixa estreita de terra que atravessava o território alemão e ligava a Polônia ao porto de Dantzig, dando aos poloneses uma saída para o mar. Além disso, os alemães ficaram proibidos de reorganizar seus exércitos e tiveram de sair das áreas onde praticavam o imperialismo.
  As determinações do Tratado de Versalhes condenaram a Alemanha ao empobrecimento e ao enfraquecimento de seu poder militar. Essa condição de vulnerabilidade criou espaço para o surgimento e o crescimento do nazismo e abriu caminho para a Segunda Guerra Mundial.

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