segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
PLANO DE AULA
Objetivo
Geral: Desenvolver no aluno a curiosidade, o espírito investigativo e crítico
em relação à construção do conhecimento histórico, no tocante a História da
Paraíba.
Objetivos
específicos
·
Perceber
a participação da Paraíba no processo de desenvolvimento do Brasil Colonial.
·
Relacionar as diversas frentes
econômicas, religiosas e políticas no âmbito da formação do Estado.
·
Conhecer a formação política e a
participação do estado na revolução de 30.
·
Analisar as imagens de época,
relacionando-as com os conteúdos estudados
Conteúdos
·
Capitania da Paraíba
·
Criação da cidade de Nossa Senhora das
Neves
·
João Pessoa e a Revolução de 30
Procedimentos
Metodológicos
·
Aulas expositivas e dialogadas (alunos,
professora, e alunos bolsistas PIBID).
·
Um texto com leitura e interpretação do
mesmo.
Recursos
Áudio Visuais.
·
Quadro.
·
Lápis.
·
Mapas.
·
Vídeos.
·
Slides.
Avaliação
·
Participação na aula e assiduidade.
·
Desenvolvimento e envolvimento em
atividades presenciais e extra-classe.
·
Pontualidade na entrega das atividades.
·
Exercícios.
História da Paraíba Texto Base
A história da Paraíba começa antes do
descobrimento do Brasil, quando o litoral do atual território do Estado era
povoado pelos índios tabajaras e potiguaras. Demorou um certo tempo para que
Portugal começasse a explorar economicamente o Brasil, uma vez que os
interesses lusitanos estavam voltados para o comércio de especiarias nas
Índias. Além disso, não havia nenhuma riqueza na costa brasileira que chamasse
tanta atenção quanto o ouro, encontrado nas colônias espanholas, minério que
tornara uma nação muito poderosa na época.
Devido ao
desinteresse lusitano, piratas e corsários começaram a extrair o pau-brasil,
madeira muito encontrada no Brasil - colônia. Esses invasores eram, em sua
maioria, franceses, e logo que chegaram no Brasil se aproximaram dos índios, o
que possibilitou entre eles uma relação comercial conhecida como
"escambo": o trabalho indígena era trocado por alguma manufatura sem
valor. Com o objetivo de povoá-la, a colônia portuguesa foi dividida em quinze
capitanias para doze donatários. Entre elas destacam-se a capitania de
Itamaracá, a qual se estendia do rio Santa Cruz até a Baía da Traição. Em 1574
aconteceu um incidente conhecido como "Tragédia de Tracunhaém", no
qual índios mataram todos os moradores de um engenho chamado Tracunhaém, em
Pernambuco. Esse episódio ocorreu devido ao rapto e posterior desaparecimento
de uma índia, filha do cacique potiguar nesse engenho. Após esta tragédia, D.
João III, rei de Portugal, desmembrou Itamaracá, dando formação à capitania do
Rio Paraíba.
Quando o governador-geral D. Luís de Brito recebeu
a ordem para separar Itamaracá, recebeu também do rei de Portugal a ordem de
punir os índios responsáveis pelo massacre, expulsar os franceses e fundar uma
cidade. Assim começaram as cinco expedições para a conquista da Paraíba. Para
isso o rei D. Sebastião mandou primeiramente o ouvidor-geral D. Fernão da
Silva.
A primeira expedição aconteceu em 1574,
cujo comandante foi o ouvidor-geral D. Fernão da Silva. Ao chegar no Brasil,
Fernão tomou posse das terras em nome do rei sem que houvesse nenhuma
resistência, mas isso foi apenas uma armadilha. Sua tropa foi surpreendida por
indígenas e teve que recuar para Pernambuco. A segunda expedição ocorreu em 1575 e foi comandada pelo
governador-geral, D. Luís de Brito. Sua expedição foi prejudicada por ventos
desfavoráveis e eles nem chegaram sequer às terras paraibanas. Três anos depois
outro governador-geral Lourenço Veiga, tenta conquistar o Rio Paraíba, não
obtendo êxito. A terceira aconteceu em 1579, ainda sob forte domínio "de fato" dos
franceses, foi concedida, por dez anos, ao capitão Frutuoso Barbosa a capitania
da Paraíba, desmembrada de Olinda. Essa idéia só lhe trouxe prejuízos, uma vez
que quando estava vindo à Paraíba, caiu sobre sua frota uma forte tormenta e
além de ter que recuar até Portugal, ele perdeu sua esposa. Em 1582, na quarta expedição, com a mesma
proposta imposta por ele na expedição anterior, Frutuoso Barbosa volta decidido
a conquistar a Paraíba, mas cai na armadilha dos índios e dos franceses.
Barbosa desiste após perder um filho em combate. Na quinta e última expedição, em 1584, após a sua chegada à
Paraíba, Frutuoso Barbosa capturou cinco navios de traficantes franceses,
solicitando mais tropas de Pernambuco e da Bahia para assegurar os interesses
portugueses na região. Nesse mesmo ano, da Bahia vieram reforços por meio de
uma esquadra comandada por Diogo Flores de Valdés, e de Pernambuco tropas sob o
comando de D. Filipe de Moura. Conseguiram finalmente expulsar os franceses e
conquistar a Paraíba. Após a conquista, eles construíram os fortes de São Tiago
e São Filipe.
Para as jornadas, o ouvidor-geral Martim Leitão
formou uma tropa constituída por brancos, índios, escravos e até religiosos.
Quando aqui chegaram se depararam com índios que sem defesa, fogem e são
aprisionados. Ao saber que eram índios tabajaras, Martim Leitão manda soltá-los,
afirmando que sua luta era contra os potiguaras, rivais dos Tabajaras. Após o
incidente, Leitão procurou formar uma aliança com os Tabajaras, que por temerem
outra traição, rejeitaram-na.
Depois de certo
tempo, Leitão e sua tropa finalmente chegaram aos fortes (Forte de São
Filipe/São Filipe e Santiago), ambos em decadência e miséria devido às intrigas
entre espanhóis e portugueses. Com isso, Martim Leitão nomeou o espanhol
conhecido como Francisco Castejón para o cargo de Frutuoso Barbosa. A troca só
fez piorar a situação. Ao saber que Castejón havia abandonado, destruído o
Forte e jogado toda a sua artilharia ao mar, Leitão o prendeu e o enviou de
volta à Espanha.
Quando ninguém esperava, os portugueses unem-se aos
Tabajaras, fazendo com que os potiguaras recuassem. Isto se deu no início de
agosto de 1585. A conquista da Paraíba se deu ao final, pela união de um
português e um chefe indígena chamado Pirajibe, palavra que significa
"Braço de Peixe". A província tornou-se estado com a proclamação da
República, em 15 de novembro de 1889.
Trabalhando a História da Paraíba com músicas, filmes e documentários.
MÚSICAS
Paraíba – Luiz Gonzaga
Paraíba é um baião escrito em 1946 por Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. Foi cantado pela primeira vez em
1950, em Campina
Grande, e gravado
oficialmente em 1952. Essa letra faz referência a história do retirante
nordestino que quando chegava a seca no sertão ia para as grandes metrópoles em
busca de melhores condições de trabalho,muita vezes, deixando pra trás mulher e
filhos. Assim, as mulheres precisavam trabalhar para manter a família, sendo
verdadeiras “mulheres-macho”, suportando as condições da seca e da fome,
lutando pela própria sobrevivência e pela sobrevivência dos filhos, chefiando a
família enquanto aguardavam a volta de seus maridos.
Quando a lama virou pedra
E Mandacaru secou
Quando a Ribaçã de sede
Bateu asa e voou
Foi aí que eu vim me embora
Carregando a minha dor
Hoje eu mando um abraço
Pra ti pequenina
Paraíba masculina,
Muié macho, sim sinhô
Eita pau pereira
Que em princesa já roncou
Eita Paraíba
Muié macho sim sinhô
Eita pau pereira
Meu bodoque não quebrou
Hoje eu mando
Um abraço pra ti pequenina
Paraíba masculina,
Muié macho, sim sinhô
Quando a lama virou pedra
E Mandacaru secou
Quando arribação de sede
Bateu asa e voou
Foi aí que eu vim me embora
Carregando a minha dor
Hoje eu mando um abraço
Pra ti pequenina
Paraíba masculina,
Muié macho, sim sinhô
E Mandacaru secou
Quando a Ribaçã de sede
Bateu asa e voou
Foi aí que eu vim me embora
Carregando a minha dor
Hoje eu mando um abraço
Pra ti pequenina
Paraíba masculina,
Muié macho, sim sinhô
Eita pau pereira
Que em princesa já roncou
Eita Paraíba
Muié macho sim sinhô
Eita pau pereira
Meu bodoque não quebrou
Hoje eu mando
Um abraço pra ti pequenina
Paraíba masculina,
Muié macho, sim sinhô
Quando a lama virou pedra
E Mandacaru secou
Quando arribação de sede
Bateu asa e voou
Foi aí que eu vim me embora
Carregando a minha dor
Hoje eu mando um abraço
Pra ti pequenina
Paraíba masculina,
Muié macho, sim sinhô
Eita, eita
Muié macho sim sinhô
Chico César - Paraíba Meu Amor
Autor:
Chico César
Gravadora:
UNIVERSAL
Ano: 2000
Paraíba meu amor
Eu estava de saída
Mas eu vou ficar
Não quero chorar
O choro da despedida
O acaso da minha vida
Um dado não abolirá
Pois seguirás bem dentro de mim
Como um são joão sem fim
Queimando o sertão
E a fogueirinha é lanterna de laser
Ilumina o festejo do meu coração
Eu estava de saída
Mas eu vou ficar
Não quero chorar
O choro da despedida
O acaso da minha vida
Um dado não abolirá
Pois seguirás bem dentro de mim
Como um são joão sem fim
Queimando o sertão
E a fogueirinha é lanterna de laser
Ilumina o festejo do meu coração
Paraíba Jóia Rara - Ton Oliveira
Aqui o sol nasce primeiroE tão desinibido
E a lua exibe um estrelato
Com tanta beleza
Que até o algodão se empolga
E já vem colorido
Exibições inexplicáveis
Da mãe natureza
Aqui até os dinossauros
Fizeram morada
E a gente pode ao som
De jackson pandeirear
Ouvir a voz que na bandeira
Ficou estampada
Dar frutos
Que o tempo e a história
Não vão apagar
Eu sou da paraiba é meu esse lugar
A cara desse povo tem a minha cara
Encanto de beleza que me faz sonhar
Lugar tão lindo assim pra mim é joia rara
Que bom estar no ponto mais oriental
Astrologicamente ser um ariano
Rimar como um augusto tão angelical
Eu sou muito feliz, eu sou paraibano
Astrologicamente ser um ariano
Rimar como um augusto tão angelical
Eu sou muito feliz, eu sou paraibano
FILMES
Parahyba Mulher Macho
Parahyba Mulher Macho é um filme dramático brasileiro de 1983 da
cineasta Tizuka Yamazaki, escrito por ela e José
Joffily.
Conta uma importante parte da história do Brasil, através da sua personagem principal,
Anayde Beiriz, uma poetisa, jornalista e professora
revolucionária e libertária do começo do século
XIX,
conhecida por seu liberalismo sexual, o qual chocava a Paraíba pré-Revolução de 30. Seu amor por João
Dantas
acaba por forjar a morte de João Pessoa, o então
governador do estado da Paraíba, Brasil. Esses acontecimentos serviram de
estopim para a mencionada revolução.
DOCUMENTÁRIO
Uma João Pessoa, Duas Cidades
O documentário contrapõe a
evolução da região litorânea e as ruínas da João Pessoa que nasceu à beira do
rio Sanhauá, evidenciando a dicotomia que busca retratar.
O vídeo
trás declarações de vários profissionais em busca de uma luz para o problema do
abandono do Centro Histórico Pessoense.
Lançado
em Maio de 2006, o documentário de 20 minutos, foi produzido por Joana
D'arc e Eduardo P. Moreira.
"Uma
João Pessoa, Duas Cidades" é um documentário que retrata a capital
paraibana e suas duas faces. Em uma delas vemos a sua história em ruínas, com
casarões antigos que, embora tombados pelo patrimônio histórico, estão à mercê
do tempo. Na outra vemos o litoral, região em pleno crescimento.
Propositalmente,
este documentário não busca a denúncia, mas apenas o entendimento sobre os
porquês de tanto abandono de um lado e tanto investimento de outro, procurando
encontrar soluções sólidas e viáveis a fim de preservar este precioso
patrimônio pessoense que conta a história de acontecimentos importantes que
precisam ter a sua memória resgatada e mantida.
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