terça-feira, 26 de março de 2013



PROFESSORA: MARIA DAS GRAÇAS BATISTA DE ALMEIDA

O IMPERIALISMO DO SÉCULO XIX

            A expansão no imperialismo do século XIX foi um novo passo no processo no processo de mundialização de ordem capitalista. As populações africanas e asiáticas foram subjugadas e incorporadas à ordem européia.
            Ao longo da história ocidental, os africanos foram conquistados, escravizados, inferiorizados e estigmatizados. O tráfico de escravos rendeu fortunas a algumas elites econômicas e muita miséria, exploração e sofrimento para dezenas de milhões de africanos.
            Na Ásia, o colonizador europeu, sustentado em guerras de conquistas e pela manutenção do domínio também deixou um enorme saldo de imposições culturais e econômicas, de mortos, feridos e famintos.
            Como essa trágica herança afeta hoje os países africanos e asiáticos?
           

A história tradicional do Ocidente, com uma visão eurocêntrica, quase sempre tratou como não relevante a história de outras regiões. Esse olhar, que tem a Europa como eixo do movimento civilizatório e evolutivo, como já destacamos, foi construído desde a Antiguidade, época em que a região mediterrânea era definida como centro do mundo. A África, desde então, passou a ser vista como distante, como a região de “homens de faces queimadas”. Daquele período até o final da Idade Média, especialmente com a religiosidade cristã medieval, a cor negra foi associada ao pecado e ao demônio, firmando a visão preconceituosa em relação aos povos africanos. Também os asiáticos foram vistos com estranhamentos e desconfianças, mas também com fascínio por sua cultura tão distinta. Poucos eram os que conseguiram considerar africanos asiáticos como seres humanos iguais aos europeus, diferentes apenas no aspecto étnico e cultural. Essa idéia da supremacia européia e conseqüente inferioridade de outras culturas, especialmente as africanas e asiáticas, como vimos, consolidou-se durante a Idade Moderna, quando a Europa passou a centralizar o poder econômico, político e militar mundial.
            As práticas imperialistas intensificaram-se na segunda metade do século XIX, a partir dos países europeus industrializados, principalmente a Inglaterra, e levaram à partilha dos continentes africano e asiático. Na mesma época, também os Estados Unidos e o Japão também exerceram práticas imperialistas, em especial em suas regiões de influência – respectivamente America Latina e costa Oriental da Ásia.
            Diferentemente do colonialismo do século XVI, cuja meta era a obtenção de especiarias, gêneros tropicais e metais preciosos no continente americano, o neocolonialismo do século XIX procurava mercados consumidores de manufaturados e fornecedores d matérias-primas (como ferro, cobre, petróleo, manganês, trigo e algodão).
            Além disso, naquele momento, as potências buscavam colônias para instalar parte de seu excedente populacional e novas áreas de investimento de capitais. Vale destacar que a população européia havia passado de 70 milhões para 190 milhões entre 1500 e 1800. No século XIX, teve um aumento ainda maior, chegando a 423 milhões (enquanto a população mundial passava de 900 milhões para 1,6 bilhão). Com áreas coloniais recebendo esses excedentes, e novas populações sendo conquistadas, garantiam-se impostos e contingentes os exércitos imperialistas.
            Motivada, portanto, pelo capitalismo industrial e financeiro, a intervenção imperialista ocorreu principalmente na África e na Ásia.
            Além da Inglaterra, participaram da corrida neocolonial do século XIX a França, a Rússia, os Países Baixos e a Bélgica, entre outras nações. Também a Alemanha e a Itália, depois de unificadas no último quartel do século XIX, iniciaram sua atuação nesse processo, assim como Portugal e Espanha, metrópoles coloniais desde o século XVI.
            As disputas entre potências por áreas coloniais agravaram conflitos e estimulou o armamentismo, o que levou a formação de blocos de países rivais de uma conjuntura tensa e propícia a uma confrontação em grande escala: a primeira guerra mundial.        
 
Referências bibliográficas
 
BRAYCK, PATRÍCIA RAMOS
 
HISTÓRIA DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO / MYRIAM BACHO MOTA – 2ED. – SÃO PAULO – MODERNA 2010.
 
OBRA EM 3 V.
 
BIBLIOGRAFIA (ENSINO MÉDIO) MOTA, MYRIAM BECHO. II t.         



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