A
REPÚBLICA
Instituída em 1889, a República prometia ampliar a representação
político-eleitoral, reforçar os vínculos federativos e harmonizar os poderes do
Estado. Com essas mudanças institucionais e a melhora das condições de vida da
população
pretendia-se
sepultar o passado escravista e fundar uma sociedade mais democrática e mais
justa.
Pouco mais de cem anos depois, as promessas ainda não se cumpriram – não
completamente, pelo menos. Nesse período,
é
verdade, a democracia saiu fortalecida de várias crises, mas ainda funciona
mais no plano institucional do que no plano concreto. Assolada por enormes
desigualdades sociais, pela corrupção nos diversos níveis do poder e por uma
odiosa falta de igualdade na aplicação da lei, a população brasileira ainda
está longe de exercer plenamente seus direitos de cidadania.
As
transformações e a riqueza geradas pela modernização urbano-industrial do
último meio século não foram capazes de resolver os grandes problemas sociais,
econômicos e políticos do país. Das carências antigas de educação e saúde à
atual onda avassaladora de desemprego, o drama brasileiro continua a atravessar
as décadas – drama de um país rico mas muito pouco democrático na distribuição
da riqueza gerada.
Para onde vai o Brasil? É uma pergunta difícil e angustiante. Somente nós, os
brasileiros, podemos, juntos, responder a ela.
A
Constituição de 1891 criou uma República Federativa que assegurava a autonomia
dos estados e instituída um regime presidencialista baseado na democracia
representativa. Essa República de feição liberal, entretanto, tinha um pé no
passado.
As
liberdades públicas estavam garantidas por lei, mas o poder político era
exercido por oligarquias agrárias que extraiam sua força da degradação da
autonomia dos estados e do sistema representativo. A base dessas oligarquias
eram os coronéis do exterior.
Durante quarenta anos, o regime oligárquico funcionou sob e hegemonia dos
cafeicultores de São Paulo e os fazendeiros de gado de Minas Gerais. Foi a
época do “café-com-leite” e da “política dos governadores”. No decorrer desse
período, entretanto, a República dos coronéis acumulou tensões e contradiçõe
s. A população continuava predominantemente rural mas as cidades cresciam. Com elas cresciam também as classes médias urbanas e o operariado industrial. Dois grupos dinâmicos cujas inquietações já não cabiam no molde estreito e provinciano do regime oligárquico. Da insatisfação sentida por eles surgiriam as grandes lutas operárias e o movimento tenentista. eram os primeiros sinais de que o pacto oligárquico que sustentava a Primeira República chegava ao fim.
A professora supervisora do pibid Graças Almeida trabalhando o texto sobre Republica Velha |
Professora Graças trabalhando o slide |
BIBLIOGRAFIA
:
BRACK,
PATRÍCIA RAMOS -História das cavernas ao terceiro milênio/ Patrícia
Ramos
Brack, Myriam Becho Mota – 2. ed – São Paulo; Moderna 2010.
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